O ano de 2013 nomeado
por entidades de classe como o ano da contabilidade é uma realidade quando se
pensa nas mudanças ocorridas numa profissão que não consegue atender toda a
atual demanda de mercado.
Vagas para áreas
especializadas do segmento contábil não são preenchidas e um estudo de uma
respeitada empresa de consultoria em recursos humanos apontam que a média
salarial de um cargo de analista contábil cresceu 24,9% somente em 2012
colocando a profissão entre as cinco maiores
valorizações do mercado nesse ano. Paralelamente a demanda por serviços para
empresas qualificadas também não para de crescer e uma porta de oportunidades
surgem para escritórios de contabilidade capazes de atendê-la.
Segundo constatei nas analises que realizei nos dados do Conselho Federal de Contabilidade o
número de organizações contábeis (sociedades) cresceu em maio de 2013 16%
quando comparado com dezembro de 2011. Os dados mostram também que o
crescimento das empresas individuais de contabilidade cresceu no mesmo período
somente 1,5% o que indica o movimento das empresas contábeis de se
solidificarem em forma de sociedade profissional.
Mesmo com esse crescimento de empresas de contabilidade, faltam
empresas e profissionais qualificados para atender todas as necessidades de
mercado. Esse cenário vai se acentuar ainda mais nos próximos anos, visto que a
maioria das empresas registradas no Brasil, as micros e pequenas empresas,
estão começando a sentir agora os reflexos das novas exigências a atender.
Qual é o segredo para que uma empresa de contabilidade possa ser bem
sucedida nesse novo cenário? Primeiramente, é necessário possuir uma exímia
qualificação técnica, especialmente em temas ainda pouco dominados pelo mercado
e onde a concorrência é significativamente menor. Um dos erros cometidos por
entrantes no mercado contábil é oferecer o que a
grande maioria já está oferecendo e assim enfrentando dificuldade de se
posicionar com rentabilidade, por isso, qualifique-se para que a sua empresa
possa dispor de diferenciais técnicos.
Outro aspecto fundamental é que elas devem ser administradas com alto
grau profissionalismo nas relações com os stakeholders. A figura do
contador amigo existe, mas os limites dessa relação especialmente com os
clientes devem ser respeitados. Nesse aspecto destaco a importância de manter
contratos profissionais, instruções devidamente documentadas, adimplemento de
honorários e outros. Nas consultorias que realizo em todo o Brasil posso
afirmar que há muito campo de melhoria nesse sentido.
Oportunidades e desafios andam lado a lado e hoje é o momento para
aproveitar as novas oportunidades do mercado contábil que significarão o
sucesso de muitas empresas, desde que elas estejam preparadas para os novos
desafios que a profissão contábil
tem.
* Anderson Hernandes é escritor e palestrante, formado em
contabilidade, marketing e MBA em Gestão de Negócios. Autor de sete livros e
vários DVDs, dentre eles o novo treinamento em três módulos: “Como abrir e
gerenciar um escritório de contabilidade”.
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