No futuro seremos contadores consultores.
Nada como começar esse tema da maneira mais simples possível e com uma história verídica: balancete de condomínio.
Mensalmente, o síndico recebia o balancete, observava os números por alto, submetia à apreciação do conselho fiscal e encaminhava para o arquivo.
Em determinado mês, pegos de surpresa, síndico e conselho fiscal não entendiam os motivos pelos quais as despesas haviam suplantado a receita. Embora com receita fixa, já que o condomínio terceiriza os Serviços de cobrança da taxa de condomínio, não foi possível prever o prejuízo. Não cabe aqui criticar a direção do condomínio, mas tudo indica que ela precisa de ajuda.
Nesse caso, o contador fazia o serviço contábil para o qual havia sido contratado, o balancete mensal, e a partir daí, qualquer resultado advindo do confronto de contas, fosse positivo ou negativo, seria de responsabilidade da administração. Um exemplo simples, mas que tem a intenção de mostrar a importância que o contador terá como consultor em um futuro próximo.
Partindo para o lado empresarial, fica mais fácil entender o objetivo desse exemplo, e como teremos que atuar junto à clientela nos próximos anos. Em dado momento, empresários começarão a perceber que escritórios de contabilidade precisarão fazer mais por suas empresas, e não apenas aqueles Serviços rotineiros que não mostram os rumos que elas estão tomando.
Artigo nesse sentido foi escrito pelo professor Lopes de Sá ainda em 1998. Com o título “Novas visões na profissão contábil”, ele procura mostrar que a função do contador é também de consultor, pois ninguém melhor do que ele para executar essa tarefa, uma vez que somente ele entende a mecânica das contas em que trabalha, e assim pode fornecer informações ao cliente para que tome decisões.